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A educação e o pensamento moderno ocidental

  • Foto do escritor: lavinicastro
    lavinicastro
  • 4 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Pensar Educação significar pensar a sociedade, pensar Educação Antirracista é repensar toda a estrutura que desenvolveu a sociedade brasileira. Quando reconhecemos o racismo e decidimos agir contra ele é necessário pensar novos projetos políticos para nossa sociedade.


Agir de forma antirracista é se posicionar é fazer algumas escolhas políticas para mudar nossa sociedade, por isso a necessidade de novos projetos que reflitam as relações sociais, os comportamentos diante o contato com as diversidades étnico culturais, os acessos sociais e culturais, as novas abordagens que pautem o respeito às identidades nascidas da luta e resistência.


Precisamos refletir como a história dessa sociedade se construiu para perceber que lógica ou dinâmica política, social e cultural existe em nosso meio que torna alguns sujeitos e outros objetos.


Ao se tratar da sociedade brasileira entendemos que a história construída se baseou no pensamento moderno ocidental que promoveu e ainda promove um entendimento hierárquico racial dentro das relações sociais. Nesse sentido, se pensou uma educação dentro desses moldes, uma educação a serviço de projetos políticos alinhados a perspectiva eurocêntrica, racista e capitalista, uma educação que valorizou os anseios da branquitude brasileira.


Tal educação que de acordo com Djamila Ribeiro ensinou “que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força” (RIBEIRO, 2019). Uma educação tão preocupada com o sucesso das notas e infinitas informações e conceitos que esqueceu de se humanizar, que objetificou aqueles que não eram nem vistos nem representados nas imagens dos livros e cenários dos murais pedagógicos que só apareciam quando a questão era a desgraça de suas vidas, quando, de fato elas aparecem.


Uma educação presa a narrativa do homem branco racional patriarcal urbano burguês cristão heteronormativo, interessada em não tocar em questões tabus; na verdade questões rotineiras cada vez mais presentes e urgentes de serem sinalizadas e refletidas na escola, para superarmos as históricas discriminações. Falar de feminismo, racismo, diversidade de saberes, lugares, religiosidades e identidades é urgente para evitarmos criar uma sociedade preconceituosa e violenta. Mas, precisamos nos perguntar se, de fato, nós profissionais da educação queremos nos meter nesse problema, porque ser um professor uma professora antirracista acaba sendo uma questão de escolha política, não é uma escolha de vontade e afinidade apenas, mas uma escolha política, ou seja ela é consciente e necessária para a possibilidade de transformação da sociedade.


Portanto, apesar de não ser responsabilidade exclusiva d@s professor@s, sabemos a fatia que nos cabe. Eu como sempre fui metida (como já diziam minhas priminhas hehehe) fiz minha escolha, você também pode fazer a sua escolha eu sonho para que ela seja mais inclusiva e acolhedora.


Promova a educação antirracista!


Referências


GOMES, Gustavo Manoel da Silva. Saberes e narrativas docentes: memórias e experiências do ensino de história e cultura afro-brasileira no sertão alagoano. Maceió-AL. 2020. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas.



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