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O professor enquanto intelectual mediador no chão da escola

  • Foto do escritor: lavinicastro
    lavinicastro
  • 11 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

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Prof. Ms. Lavini Castro


O objetivo desta publicação é refletir como professores da Educação Básica devem ser reconhecidos enquanto intelectuais criadores de um saber escolar e mediadores do saber acadêmico através de sua prática pedagógica, pois o ato de consumir um conteúdo, ou como coloca Certau (1998) a prática de consumo cultural ocorre de forma subjetiva, sendo assim a aquisição de um conhecimento é próprio a cada pessoa, cada um se apropria do conteúdo a sua maneira, para utilizar aqui o conceito de reapropriação cultural de Roger Chartier (Cartier, 1988 apud Margraf, 2019).

Ao pensar no espaço da escola e a produção do saber compreendemos que os professores são intelectuais mediadores do conhecimento acadêmico mas podem ser também criadores de conteúdo a partir do momento em que ao se apropriar do conhecimento acadêmico fazendo escolhas seleções críticas porque nenhuma apropriação do conhecimento é passiva apropriação do conhecimento ela passa por uma experiência subjetiva.

Há muito preconceito quanto ao papel de intelectualidade do professor da Educação Básica, porque não se identifica o saber escolar como um saber que lhe é próprio, separado do saber acadêmico. Valoriza-se o professor universitário, como sendo aquele que cria conteúdo, e ao professor da Educação Básica tem-se a crença de que ele é apenas repetidor de conteúdos acadêmicos, : entretanto veja que para transmitir um conteúdo acadêmico o professor precisa refletir esse conhecimento teorizares conhecimento selecionar esse conhecimento julgar o que é pertinente ou não ensinar em suas aulas criticares conhecimento. Sabemos que o saber acadêmico muitas vezes legitima o saber aplicado na escola, mas precisamos estar atentos ao fato das analises acadêmicas sobre o campo da educação partirem das pesquisas realizadas no espaço escolar o que jusifica a existência de um saber escolar próprio daquele espaço.

Mas para compreender que o papel de um professor da educação básica é criar um saber escolar precisamos refletir sobre o jogo de apropriação e reapropriação cultural por trás do consumo do saber que não é nada passivo. Portanto pensar em consumo de cultura nos possibilita perceber o surgimento de novas ideias. Modelamos ao consumirmos um determinado conteúdo

A mensagem transmitida já não a mesma mensagem que chega a quem recebe. Nesse sentido, um texto pode ser interpretado de inúmeras formas, até porque a maneira de enxergar e interpretar também depende da bagagem cultural de cada pessoa, portanto o conceito de apropriação cultural de Roger charter traz uma ideia de riqueza de sentidos mostrando que os bens culturais não estão inscritos neles mesmos, pois ao serem colocados publicamente não são mais do autor.

Portanto a ideia do professor enquanto intelectual mediador não deve ser entendida enquanto aquele que transmite um conhecimento, o professor não é aquele que conduz uma mensagem ou repete um assunto, o professor é aquele que acrescenta, que transforma, que criar dentro do espaço escolar, ou seja cria um saber escolar. Não devemos nos desvalorizar enquanto profissionais da educação, por mais que digam que entenda-se a produção de um saber por meio da didática essa tarefa não será fácil, pois para promover uma didática há necessidade de selecionar e compreender conteúdos, o que demanda competências e vivências específicas especializadas

Os professores são intelectuais porque produzem conhecimento e comunicam suas ideias direta ou indiretamente vinculados a intervenção político social no espaço escolar.

Referência Bibliográfica

 
 
 

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