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Pedagogia decolonial raiz ou nutela?

  • Foto do escritor: lavinicastro
    lavinicastro
  • 3 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

PROF.@ COMO É SUA PEDAGOGIA?

Agradeço a aula do Prof Walace Morais do Curso de História Comparada da UFRJ por causar tal reflexão compartilhada neste post

Neste post chamo atenção para refletirmos sobre uma pedagogia decolonial. Contudo precisamos, de fato, avaliar, nos termos postos por Moraes (2020), se nossa pedagogia decolonial está sendo raiz ou nutela.

Primeiro precisamos entender o que é decolonialidade. Ter uma postura decolonial significa estar contra a colonialidade do poder, portanto de saber gerado na modernidade. Ser colonial de acordo com Grosfoguel*, significa dizer a introjeção do pensamento do colonizador, ou quando assumimos um discurso do colonizador. O fato de termos sido colonizados e insistirmos em refletir pela lógica do colonizador, nos faz ter uma postura colonial.

Portanto uma pedagogia decolonial é aquela que luta contra a colonialidade do saber, é uma pedagogia que investe na crítica aos valores da modernidade.

Prof.@ reflita se sua estratégia pedagógica, se encaixaria numa pedagogia decolonial raiz ou nutela:

A pedagogia decolonial nutela: não altera a estrutura, por apenas reconhecer problemas sociais, como o racismo sem levantar questionamentos as alunas e aos alunos. É uma pedagogia que não promove autonomia na educação dos discentes, o conhecimento em sala de aula é exclusividade da professora e do professor impedindo a horizontalidade do saber. É uma pedagogia em que se conduz uma estratégia autoritária na promessa de se desenvolver uma educação libertára – não fazendo nenhum sentido diante da falta de equilíbrio e sensatez nas relações escolares. A professora / o professor, nessa perspectiva se coloca como tutor na direção de se conduzir o saber, sendo aquele que mais informa do que media a ação de aprender, reclama do currículo conservador, mas mantém uma aula conteudista. Conduz um sistema avaliativo envolvendo, exclusivamente a perspectiva quantitativa das notas nos boletins ao invés de optar pela perspectiva dialógica, além de suas aulas expressarem conceitos da modernidade.

Já a/o professora/or que utiliza uma pedagogia decolonial raiz é aquele que procura ter um comportamento antirracista, além de ser sensível aos problemas raciais. É aquel@ que aborda temas ditos tabus procurando transgredir e ressignificar conceitos no espaço escolar. Geralmente suas aulas adentram os corredores e o recreio suscitando nas alunas e alunos várias reflexões, é aquel@ que escuta, dialoga e aprende com os discentes e sua fala defende o fim do pensamento moderno. A pedagogia decolonial raiz é aquela que entende a necessidade de se falar do racismo no chão da escola.

*Professor do Departamento de Estudos Étnicos da Universidade de Califórnia – cunhou o conceito de colonialidade do saber

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